Brasília, a capital do Brasil, é um ícone mundial da arquitetura e do planejamento urbano, sendo o primeiro bem contemporâneo reconhecido pela Unesco em 1987.
Até então, apenas monumentos centenários localizados em cidades históricas como Paris e Roma faziam parte da lista. Desde então, a capital do Brasil detém a maior área tombada do mundo (112,5 km²).
Brasília é valorizada como um patrimônio material pela sua originalidade arquitetônica, inovação urbanística e pela preservação dos edifícios e espaços que foram projetados para simbolizar o poder e a modernidade
Projetada por Lúcio Costa e com edifícios emblemáticos desenhados por Oscar Niemeyer, a cidade foi construída em tempo recorde entre 1956 e 1960, sob a liderança do então presidente Juscelino Kubitschek. Sua criação visava promover a integração do território nacional, deslocando o centro político e administrativo do país para o interior. O plano urbanístico de Brasília segue o conceito de "cidade moderna", inspirado nas ideias do arquiteto Le Corbusier, com grandes avenidas, espaços abertos e setores funcionais bem definidos. O "Plano Piloto", como é conhecido o desenho original de Lúcio Costa, tem a forma de um avião ou de uma cruz, e é dividido em setores residenciais, comerciais e governamentais. A Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal são exemplos de edifícios que fazem parte do núcleo monumental da cidade.
Sua paisagem combina arquitetura monumental com vastos espaços verdes, que contribuem para um ambiente urbano único. A conservação desse patrimônio envolve a preservação de seus monumentos, edifícios históricos e do traçado urbanístico, garantindo que a cidade mantenha sua essência e continue sendo um símbolo de modernidade e inovação.
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